Lusiadas
1550 - Está em Lisboa onde frequenta o Paço e diversos salões da alta nobreza, embora ele mesmo seja um fidalgo da pequena nobreza. Colocam-se, em geral, nesta época, alguns “desterros” que terá sofrido por amores ou outras razões. Por exemplo, um desses “desterros” terá sido o de Ceuta, onde terá perdido um olho em combate. De volta a Lisboa, participa nos serões do paço e dá-se com algumas das principais damas da Corte. Leva uma vida de boémia e cheia de peripécias. 1552 - Na sequência de uma briga em que ferira um funcionário do Rei, Camões é preso na cadeia do Tronco e, perdoado mais tarde pelo ferido, pede ao Rei também o seu perdão, argumentando que é “mancebo pobre” e que “vai este ano servir à Índia”.
1553 - Parte para a Índia, no entanto, a fortuna não lhe sorri e alguns dos bens que tinha acumulado perdeu-os no naufrágio que sofreu no regresso de Macau, do qual teve de salvar-se a nado, salvando também o manuscrito de Os Lusíadas.
1565 - Por volta desta altura, leva uma vida com menos dificuldades, pois era vice-rei D. Francisco de Coutinho, amigo do poeta. Camões formava de si mesmo um conceito altivo, fundamentado não só na consciência de ser um poeta genial, como na superioridade da sua cultura e ainda na convicção de ter orientado a sua vida apenas pela dedicação à pátria e pelos mais nobres interesses artísticos e espirituais, alheio a considerações de proveito próprio ou de enriquecimento. Daqui provém um orgulho acentuado, o sentimento de incompreensão e isolamento em relação à maioria, próprio dos humanistas.
1567 – Regressa a Portugal. No entanto, por razões obscuras, o capitão do navio em que viajava deixou o poeta nas costas de Moçambique, onde o historiador