Lusiadas - Canto X
A máquina do Mundo é nada mais, nada menos, do que a representação do universo formulada a partir da teoria geocêntrica defendida por Aristóteles e mais tarde confirmada por Ptolomeu.
Segundo a cosmografia corrente no tempo de Camões, o Universo dividia-se em duas partes, a parte celestial e a parte elementar.
A parte elementar estava sujeita a uma contínua alteração e era formada pelos 4 elementos principais:
A terra que está representada como o centro do universo, a água e ao seu redor temos o ar e o fogo, este fogo é um fogo puro que iluminava a superfície da lua.
A parte celestial é composta por 11 esferas ao todo.
Os 7 Céus é composto pela Lua, a lua antigamente era conhecida pelo nome de Diana, Diana era a deusa romana da lua e da caça, filha de Júpiter.
Depois segue-se o planeta Mercúrio, Vénus, o sol que se situa no meio do universo, e antigamente era conhecido pelo nome Febo, que era o deus romano do Sol, irmão de Diana.
Como 8ª esfera temos o Firmamento, que era onde permaneciam as estrelas.
O Cristalino ou Céu Áqueo, é a 9ª esfera, que segundo Ptolomeu movia-se lentamente, ou seja enquanto o Sol completava duzentos ciclos (isto é, duzentos anos), esta esfera rodava apenas um grau.
O Primeiro móbil, é a 10ª esfera, que em comparação com as outras rodava mais rapidamente, (fazia 1 rotação completa em um dia), e arrastava todas as outras que, assim, eram por ela movidas a diferentes velocidades de rotação.
E por último, o Empíreo, uma esfera externa, imóvel onde permaneciam as almas que tinham ascendido ao Paraíso.
No início do canto X Tétis e as restantes ninfas oferecem um banquete aos portugueses, durante o qual uma ninfa, através de um discurso profético, narra os feitos futuros dos heróis lusos no Oriente.
(Antes de eu começar a análise do poema, agradecia que alguém lesse as estrofes 77, 78, 79).
77.
Nos 3