Lupus eritematoso cutaneo
INTRODUÇÃO
Lúpus eritematoso (LE) é doença auto-imune heterogênea, multissistêmica, caracterizada pela produção de auto-anticorpos contra vários constituintes celulares. A pele é um dos órgãos alvo afetados de forma mais variável pela doença, constituindo as lesões cutâneas três dos 11 critérios estabelecidos pela American College of Rheumatology (ACA) para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico: lesões discóides, erupção malar e fotossensibilidade. A expressão lúpus eritematoso cutâneo é aplicada a pacientes com lesões cutâneas produzidas pelo lúpus eritematoso, independentemente de o comprometimento ser exclusivamente cutâneo ou parte de uma doença sistêmica.
Várias classificações foram propostas para análise das variantes das manifestações cutâneas, a mais utilizada hoje é baseada na morfologia clínica. Com subsídios histológicos específicos para a doença compreendendo três formas: LE cutâneo crônico, LE cutâneo subagudo e LE cutâneo agudo.
LUPUS ERITEMATOSO CUTÂNEO CRÔNICO A forma de LECC mais comum é o lúpus eritematoso discóide localizado (LEDL), caracterizado por lesões maculosas ou papulosas, eritematosas, bem definidas, com escamas firmes e aderentes à superfície das lesões. Comumente, em sua evolução, essas lesões tornam-se mais infiltradas e confluentes, formando placas recobertas por escamas espessas e queratose que se estende para o interior do folículo piloso dilatado. As lesões cutâneas do LEDL são crônicas, persistentes e podem regredir deixando áreas cicatriciais discrômicas, telangiectasias e alopecia cicatricial. Os locais mais acometidos são couro cabeludo, pavilhão auricular, região torácica anterior e porção superior dos braços. Na face, sobrancelhas, pálpebras, nariz, e as regiões mentoniana e malar estão freqüentemente envolvidas. Ocasionalmente encontra-se uma placa disposta sob a forma de "asa de borboleta", simetricamente localizada na região malar e no dorso nasal.
Histologicamente, as lesões