Lupos eritromatoso
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INTRODUÇÃO: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica e auto-imune que pode atingir vários órgãos e sistemas do corpo, gerando diversos quadros clínicos que podem ser fonte de incapacidade física e profundo sofrimento psicológico, bem como uma ameaça à vida da pessoa (Dobkin et al, 2001; Moreira & Mello Filho, 1992). Reconhece-se que esse tipo de doença crônica tem uma dimensão psicossomática prevalente, sendo importante considerar o estresse e o sofrimento psicossocial no seu desencadeamento, evolução, agravamento e possível controle. Esse quadro mostra a necessidade de uma intervenção interdisciplinar no atendimento às pessoas portadoras de LES, bem como considerar a forma peculiar da doença se expressar na vida de cada pessoa, já que os aspectos psicossociais envolvidos contribuem para a complexidade do desenvolvimento e exacerbação dos sintomas (Radley, 1999). É uma doença rara, incidindo, mais frequentemente, em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, na proporção de nove a dez mulheres para um homem, e com prevalência variando de 14 a 50/100.000 habitantes, em estudos norte-americanos. A doença pode ocorrer em todas as raças e em todas as partes do mundo(Borba, 2007). O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto anticorpos. Evolui com as mais variadas manifestações clínicas, e com períodos de exacerbação e remissão. Por ser uma doença de comprometimento sistêmico e, às vezes, de início abrupto, já foi chamada de “epilepsia do sistema imune”(2). Em decorrência de seu polimorfismo clínico, os quadros costumam ser complexos e de difícil reconhecimento, o que contribui para deixar de se fazer o diagnóstico precoce e a instituição da terapêutica adequada que, certamente, modificaria a evolução clínica dos pacientes. Segundo Bonfá e Borba Neto(3), o LES