Ludicidade para Inclusão
Esta proposta de pesquisa parte de uma experiência vivenciada em um dos estágios obrigatórios realizado durante a graduação do curso de Pedagogia, no qual foi observada a prática pedagógica de uma professora ao lidar com um aluno portador de necessidades especiais. Ao notar que em sala de aula o aluno fazia atividades diferenciadas, sentava sozinho e separado do restante da turma, surge a indignação em relação à formação teórica e prática de professores no que diz respeito à inclusão social, desenvolvimento e aprendizagem de alunos portadores de necessidades especiais inseridos numa instituição regular de ensino. Nessa perspectiva, pretende-se repensar e analisar a prática pedagógica para a formação de professores que lecionam no ensino infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental a partir do uso da atividade lúdica como instrumento para o processo de inclusão. Entendendo a ludicidade como elemento propiciador para aprendizagem da criança, já que ela engloba a totalidade do ser humano, isto é, trabalha com o corpo, emoções, razão, afetividade, motricidade e cognição, se buscará compreender de que maneira as atividades lúdicas contribuem para um desenvolvimento integral do educando, e para a construção das relações de trocas de conhecimentos e de socialização entre professor/aluno, aluno/aluno, família/escola em um ambiente de possibilidades, qualidades e desafios presentes na educação. Com a base teórica a ser desenvolvida e estudada na pesquisa, pretende-se concomitantemente entender e analisar criticamente documentos legais referentes a pessoas portadoras de necessidades especiais, como a Declaração de Salamanca (1994), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), e a Constituição Federal Brasileira (1988). Do ponto de vista político, é de suma importância conhecer e discutir os direitos humanos para entender a sua organização política,