Ludica
A técnica lúdica diagnóstica faz parte das técnicas projetivas expressivas, fundamentada nos princípios da associação livre de Sigmund Freud (1973b) em que a criança fica inteiramente livre para interagir com os materiais lúdicos.
Embora a técnica consista na utilização da brincadeira infantil, o objetivo não é brincar com a criança, e sim proporcionar que ela expresse, por meio de brinquedos ou brincadeiras, as dificuldades que porventura está enfrentando, requerendo daí habilidade do profissional para fazer a leitura destas. Não basta, portanto, o profissional valorizar e possibilitar o espaço de brincar, mas que também tenha uma postura e conhecimento dos sintomas ou conflitos da criança inferidos com base na análise da representação lúdica dela. Em outras palavras, o ludodiagnóstico consiste em uma técnica projetiva que permite a compreensão de aspectos da personalidade infantil – motor, cognitivo, afetivo, social –, favorecendo uma avaliação mais rápida da personalidade do indivíduo, da mesma forma como fazemos ao utilizarmos outros testes projetivos, tais como: DFH (MACHOVER, 1949), H-T-P (BUCK, 2003), desenho livre com estórias (TRINCA, 1972), entre outros.
O que ocorre na sessão lúdica é interpretado como expressão dos conteúdos do mundo interno e externo do sujeito, portanto, quando se oferece à criança o uso de brinquedos ou jogos no contexto do ludodiagnóstico, cria-se a