Luciola
José de Alencar
Ao autor
Reuni as suas cartas e fiz um livro.(...)
O nome da moça, cujo perfil o senhor desenhou com tanto esmero, lembrou-me o nome de um inseto.
Lucíola é o lampiro noturno que brilha de uma luz tão viva no seio da treva e à beira dos charcos.(...)
Deixe que raivem os moralistas.(...)
Novembro de 1861.
G.M.
Capítulo I
Perfil de mulher – indulgência
Indulgente sobre as cortesãs
Explicação do livro:
“A senhora estranhou, na última vez que estivemos juntos, a minha excessiva indulgência pelas criaturas infelizes, que escandalizam a sociedade com a ostentação do seu luxo e extravagâncias. Quis responder-lhe imediatamente, tanto é o apreço em que tenho o tato sutil e esquisito da mulher superior para julgar de uma questão de sentimento. Não o fiz, porque vi sentada no sofá, do outro lado do salão, sua neta, gentil menina de 16 anos, flor cândida e suave, que mal desabrocha à sombra materna. Embora não pudesse ouvir-nos, a minha história seria uma profanação na atmosfera que ela purificava com os perfumes da sua inocência; (...)”
Capítulo II
Lucíola - 1916
Vinda para o Rio em 1855
Com Sá na festa da Glória (15 de agosto)
Vê Lúcia, depois percebe que já a havia visto antes: no primeiro dia, após o desembarque: tem ares de devota
contradição Pureza x Devassidão
“Ressumbrava (...) não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar repousou calmo e sereno na mimosa aparição.”
“— Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita.
Queres conhecê-la ?. . .
Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que confundira a máscara hipócrita do vício com o modesto recato da inocência.”
Capítulo III
Primeiro mês no Rio: “tributo pago à novidade”
Na ociosidade decide ver Lúcia. Já fora observado por ela no teatro.
Vai vê-la com segundas intenções.
Apenas conversam: Lúcia quando voltou da Europa passara uma tarde em Olinda.
Dúvidas sobre Lúcia.
Encontra Sá que o convida para “cear” no sábado.
Capítulo IV
Na sexta: vai ver