LUCAS
Acabaram com a alegria do brasileiro, não se pode nem mais tomar um chope com os amigos em paz, dirão muitos. Mas o fato é que vários países vêm diminuindo as taxas aceitáveis de álcool no sangue de condutores de veículos, e a medida é correta por reduzir os acidentes com mortos e feridos, aliviando os gastos públicos com o socorro e tratamento das vítimas; assim, o dinheiro destinado à área da saúde poderá melhor aproveitado.
Notícias de pessoas reprovadas no teste do bafômetro por terem usado anti-séptico bucal causam preocupação, e mesmo o consumo de bombons com licor podem trazer problemas, por uma razão muito simples: a presença de etanol na boca pode alterar a medição em prejuízo do motorista. Por esta razão, os testes devem ser realizados na chamada fase pós-absortiva, e convém exigir do policial a espera de trinta minutos após a detenção para se submeter ao bafômetro e obter um resultado confiável. Mas, há outra armadilha nesta história, para a qual é preciso ficar muito atento: o tempo de eliminação do álcool do organismo. O fígado só consegue metabolizar dez gramas, ou uma unidade, de etanol por hora, de maneira que não basta esperar algum tempo para que passe o efeito da bebida, pois a eliminação total se faz entre seis e 48 horas.
Portanto quem, no dia seguinte, acorda de um porre homérico, não deve pensar que não tem mais nenhum vestígio de álcool no corpo. Ora, as pessoas que bebem socialmente não irão deixar de fazê-lo, e para evitar