Loxosceles sp
- Veneno:
O veneno loxoscélico é um líquido cristalino, que consiste essencialmente de proteínas, as quais são produzidas por glândulas situadas no cefalotórax da aranha que se comunicam com o exterior através do aparelho inoculador constituído por um par de quelíceras. O veneno é uma mistura de proteínas, na sua grande maioria, ácidos nucléicos, aminoácidos livres, poliaminas neurotóxicas, monoaminas e sais inorgânicos. Sabe-se que a toxicidade do veneno é decorrente do efeito combinado (efeitos tóxicos sinérgicos) de todos os seus componentes. No entanto, já foi demonstrado que as atividades nocivas do veneno são atribuídas a toxinas proteolíticas, que degradam fibrinogênio, fibronectina e proteoglicanas, e rompem estruturas de membranas, resultando em hemorragia local, lesão cutânea, coagulação intravascular disseminada (CID) e insuficiência, quadro que caracteriza as duas manifestações da doença causada pelo envenenamento.
Várias toxinas têm sido identificadas e caracterizadas no veneno loxoscélico, entre as quais se destacam a fosfatase alcalina, fosfohidrolase ribonucleotídica, hialuronidase, serino-proteases, metaloproteases e fosfolipases D (chamadas inicialmente de esfigomielinases D) A metaloprotease (20 a 28 kDa) chamada de Loxolisina.
Loxoscelismo é o termo utilizado para descrever lesões cutâneas e reações sistêmicas em conseqüência do envenenamento por aranhas. A apresentação clinica e a severidade do loxoscelismo dependem de vários fatores, como a espécie da aranha, a quantidade de veneno inoculado, bem como a sua concentração, o sexo, idade e estágio de desenvolvimento ontogenético da aranha, local da picada (áreas de tecido adiposo resultam em lesões mais graves e evolução para escaras), idade do indivíduo (casos de óbitos são mais freqüentes em crianças), o tempo até o atendimento médico e fenótipo e genótipo do paciente (deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase).
Ações do Veneno: Parece que o componente mais importante é