Existe um tsunami de aventuras ao embarcar em uma relação. Você não consegue prever quando, nem em que intensidade o tempo vai fechar, causando uma imensa tempestade, destruindo quase tudo que não esteja premeditado a existir. Ter a certeza de que está no caminho correto, talvez seja o motivo de nos arriscarmos tanto. Sempre que desejamos alguém, não enxergamos os defeitos e ficamos completamente cegos, e isso é um erro quase que fatal em dias nublados. Você sente a brisa da maré suavemente socar a sua cara, eternizando esses momentos como os únicos do qual não deveríamos esquecer. Se apaixonar é como se jogar de um abismo absoluto, a cada segundo um milhão de coisas acontecem, passam tão rápido que não conseguimos ver. Talvez você quem esteja descendo rápido demais e não consiga ver, quanto mais rápido você descer, menos vai conseguir sentir e ver, alguns apenas fecham os olhos já imaginando o impacto da queda, quantas lágrimas vão chorar quando o fim chegar, ou será que apenas vão pousar suavemente como os pés de uma bailarina após um salto tão alto, e tão calculado. Estranha experiência de vida, da qual você tem o direito de existir, mas não de ser como você deseja ser. As pessoas nos põem limites do qual nem elas mesmas conseguem seguir, a dor sempre é menor em quem não está ferido. E quando tudo dá errado, quando o castelo começa a desabar, nós somos sempre os últimos a serem resgatados dos escombros. Somos os loucos, em um mundo normal demais. Estamos perdidos em um oceano infinito, em algumas embarcações faltam comida, em outras água doce, e em outras faltam amor. Sem saber para onde estamos indo, apenas seguindo, olhando para o céu azul que se confunde com a cor do mar, e essa ilusão de ótica faz dos marinheiros mais experientes se perderem no mar que eles mesmos conquistaram. Os suicídios nos mostram que nesse oceano tranqüilo chamado vida, existem monstros abaixo de nós, monstros aquáticos. Ao enxergar tamanho perigo, alguns se amedrontam, e furam o barco