Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilômetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, que aos quarenta e quatro anos de idade, era um conceituado celeiro na região e mantinha a esposa e os quatro filhos: Catherrine Josephine, Louis Simon, Maria Celina e Louis, com o fruto de seu trabalho na pequena loja de artefatos de couro que possuía. Ele costumava dizer com orgulho que o filho caçula seria o arrimo de sua velhice, pois desde muito pequeno, Louis Braille costumava brincar na oficina de seu pai com os pequenos retalhos de couro usado na confecção da sela. Louis aos três anos de idade feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda enquanto brincava na oficina do pai. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal dês Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris). Louis, que era o mais jovem estudante, foi se ajustando à escola, aos professores, aos supervisores e aos colegas. Participava com entusiasmo da recreação, gostava de música clássica, e apesar das condições do ensino da música não serem ideais, ele tornou-se em excelente pianista e mais tarde talentoso organista do órgão de Norte Dame das Champs. As instalações da escola onde Louis estudava não eram nada boas; as instalações eram úmidas e frias, completamente e inadequadas. Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita noturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Trata-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num retângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar