LOUCURA E IRONIA EM “O ALIENISTA”, DE MACHADO DE ASSIS
CENTRO DE LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
DISCIPINA: LITERATURA BRASILEIRA I
PROFESSORA: EDINETE
DATA: 27/05/2011
LOUCURA E IRONIA EM “O ALIENISTA,” DE MACHADO DE ASSIS
Sabrina Rodrigues de Sousa1
RESUMO: Este artigo tem por objetivo traçar um estudo acerca da loucura e ironia presentes no conto “O Alienista,” extraído da obra “Papéis Avulsos,” de Machado de Assis. A partir de concepções psíquicas, tema bastante apresentado na narrativa, constata-se o comportamento das personagens que moram na vila do Itaguaí, Rio de Janeiro. Simão Bacamarte, a personagem em foco, é o alienista, médico culto e respeitado que se dedica ao máximo aos estudos de patologia cerebral. Mediante passagens da própria obra e do pensamento de outros estudiosos, como Coutinho e Bosi, observa-se a forte presença do Naturalismo, na descrição e análise das personagens e crítica ao cientificismo, que até então, estava em alta. O Realismo é realçado com as características próprias do estilo machadiano. Com esse trabalho, pretende-se compreender as atitudes da personagem central e a ironia apresentada à loucura, e complementar ainda mais os estudos acerca do autor, Machado de Assis.
Palavras-chave: Loucura, ironia, concepções psíquicas, Naturalismo
INTRODUÇÃO
“O Alienista,” conto de Machado de Assis, serviu como base para o tipo de conto que viria a seguir, exemplo para outros escritores, sendo também uma peça fundamental do Realismo por apresentar características próprias deste estilo de época, traço que pode ser observado desde o título da obra – Alienista, que, segundo o dicionário, diz respeito ao tratamento dos alienados, médico especialista em doenças mentais.
O presente conto, estruturado em treze capítulos, fora tirado da obra “Papéis Avulsos,” coletânea de contos do mesmo autor (Machado de Assis), que o apresenta de forma simples e prazerosa, focando o cientificismo com humor sutil,