lorota
Dra. Regeane Trabulsi Cronfli
Dra Maria Nei da Silva
É um total contra-senso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das pessoas em geral sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos valores da sociedade industrial, esforçam-se por reduzir o número de horas de sono diário.
Com isso acreditam, provavelmente, que um corpo "treinado" para dormir menos nos permita ampliar o número de "horas úteis" do dia, mantendo o mesmo desempenho - Pura ilusão ou, mais provavelmente, uma boa dose de ignorância sobre a importância que o sono tem no funcionamento de nosso corpo e da nossa mente.
Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes . Algumas das descobertas científicas mais recentes mostram que, durante o sono :
O hormônio do crescimento (GH) é liberado com maior intensidade. Nos adultos, ele atua na renovação de tecidos, sobretudo musculares, evitando a flacidez e contribuindo para o vigor físico. As células adiposas, assim como o folículo de Graaf e a placenta liberam maior quantidade de leptina, hormônio que controla a sensação de saciedade. O corpo se livra de alguns radicais livres, moléculas que podem causar envelhecimento precoce e até tumores. Cai a produção de cortisol, o hormônio liberado pela supra-renais em situação de estresse. Aumentam os níveis de prolactina, hormônio que age nas glândulas mamárias estimulando seu crescimento e a produção de leite. Aumernta a produção de insulina. Uma pesquisa da Universidade de Chicago mostrou que a privação de sono levou jovens a apresentar níveis desse hormônio em quantidades semelhantes às dos portadores de diabetes. O