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Até 1991, a Iugoslávia era formada por seis repúblicas (Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegóvina, Macedônia, Montenegro) e duas regiões autônomas (Kosovo e Vojvodina) pertencentes à Sérvia.
A população Iugoslávia compunha-se de várias nacionalidades (sérvios, croatas, eslovenos, macedônios, albaneses, húngaros) e algumas delas encontravam-se espalhadas em praticamente todas as seis repúblicas. Além disso, no país predominavam três religiões (muçulmana, cristã ortodoxa, católica romana) e falavam-se cinco idiomas (sérvio-croata, esloveno, albanês, húngaro, macedônio).
Essa complexa composição étnica manteve-se unida sob o governo de Josip Broz (Marechal Tito), líder de origem croata, que devido ao carisma e habilidade política e apoio aparato militar, conseguiu congregar, num único Estado, toda a diversidade nacional, religiosa e étnica.
A morte de Tito, em 1980, comprometeu esta relativa estabilidade. Em 1990, o fim da URSS fortaleceu os movimentos separatistas que desabrocharam em todas as repúblicas Iugoslavas.
O poderio militar da federação iugoslava, em grande parte controlado pelos sérvios, tentou impedir a independência destas repúblicas e, para isso, contou com o apoio dos sérvios que nelas viviam.
Em junho de 1991, a Eslovênia e a Croácia declararam independência, que foi reconhecida pela Iugoslávia após breve período de violentos conflitos.
A Macedônia seguiria o mesmo caminho alguns meses depois. Neste caso, não houve guerra com o governo central. Em abril de 1992, a Bósnia-Herzegóvina também declarou independência, dando origem ao mais violento e intenso conflito da região balcânica.
A DESINTEGRAÇÃO DA IUGOSLÁVIA
A morte de Tito criou um vazio de poder na Iugoslávia. Os nacionalismos voltaram a se manifestar, evoluindo rapidamente para o separatismo. A crise econômica que devastou os países socialistas na década de 1980 contribuíram para agravar a situação. Os sérvios,