Lombalgia na Construção Civil e Medidas Preventivas
Ao longo dos anos a construção civil fez com que ocorresse grande crescimento econômico, o fato de gerar muitos empregos diretos e indiretos, formais e informais, foi o que trouxe esse aumento tão significativo. Por não necessitar de mão de obra especializada, o setor torna-se rentável.
A oferta de mão de obra para a construção civil é abundante, pois, normalmente não requerer elevado grau de escolaridade (SAAD, 2008).
Muitas vezes o fato do setor não ter necessariamente mão de obra especializada acaba propiciando a ocorrência de diversos acidentes de trabalho, fazendo com que o índice elevado ocasionasse muitos transtornos para as empreiteiras e construtoras, sendo um setor que pode melhorar a segurança dos seus colaboradores. Citando ainda o fato de alguns acidentes de trabalho e patologias não serem notificados e identificados deixando assim uma lacuna em relação ao número exato de acidentes que ocorrem (DALCUL, 2001).
Conforme Saad (2008), na maioria das funções exercidas na construção civil, o trabalhador realiza um alto grau de esforço físico, levantando cargas acima do que é permitido, desta forma, afetando a sua saúde com o surgimento de doenças.
A lombalgia se caracteriza por dores lombares, relacionadas aos movimentos repetitivos e ao esforço realizado para o levantamento de materiais pesados e afins, sendo classificada como uma doença de lesões por esforços repetitivos - LER, atualmente renomeadas de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho – DORT (SILVA e MENDONÇA, 2010).
Conforme a Legislação Brasileira na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 198 da Seção XIV do Capítulo V, referente a prevenção da fadiga, preconiza que o peso máximo que um trabalhador do sexo masculino pode carregar é de 60 Kg, segundo Céspedes, Pinto e Windt (2008).
A CLT cita ainda a possibilidade do uso de instrumentos que auxiliam o trabalhador durante a carga de peso, para que ele não sobrecarregue a biomecânica do corpo,