Lojistica
Antonio Galvão Novaes
Na atual fase de evolução da Logística, em que os problemas de cadeia de suprimento passaram a ser tratados estrategicamente dentro do Suplly Chain Management , as fronteiras entre os fornecedores e a manufatura, e entre essa última e o varejo, estão cada vez mais tênues. Antes, era a manufatura que dava as cartas na cadeia de valor, impondo produtos, preços e prazos aos atacadistas e varejistas. Com as experiências vividas pela Wal-Mart e outras cadeias varejistas, o cenário começou a mudar. Muitas das grandes empresas de varejo já não se satisfazem mais em comercializar produtos prontos. É comum definir suas próprias marcas e especificar alguns produtos, indo atrás dos fornecedores que lhes ofereçam melhor qualidade, preço mais baixo e um bom serviço logístico. Tarefas antes do domínio estrito do fabricante, como projeto do produto, acabamento e montagem, estão sendo feitas, hoje, por outros agentes da cadeia de suprimento.
Nesta matéria procuramos focalizar um cenário bastante diferente da nossa realidade brasileira. Apesar da crise asiática, ainda temos muito que aprender com a experiência de alguns paises daquela região. A mão-de-obra barata, que também dispomos, somam-se a agilidade empresarial e uma boa infra-estrutura logística, que ainda não temos no Brasil. O caso que apresentamos a seguir é baseado na entrevista de Victor Fung, presidente da empresa Li & Fung, de Hong Kong, à revista Harvard Business Review*.
A empresa
Li & Fung é a maior trading exportadora de Hong Kong, e uma inovadora no desenvolvimento do moderno Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, num contexto globalizado. Fundada em 1906, em Cantão, sul da China, pelo avô de Victor Fung, a empresa foi a primeira companhia exportadora chinesa numa época em que o comércio no Pais era controlado por empresas comerciais estrangeiras. Sua única vantagem comparativa na época de sua criação, era que