Logística
Reinaldo Polito
Há pouco tempo, conversei com meu amigo Flávio Gikovate sobre um tema em que se especializou - felicidade. Achei interessante o que ele me disse sobre como ser feliz a partir da vocação profissional.
Segundo Gikovate, entre outros motivos, é feliz a pessoa que consegue descobrir sua vocação profissional e tem condições de se dedicar a essa atividade. Concordo com ele. Trabalhar com prazer é sinônimo quase perfeito de felicidade.
Por isso, cada um deve perseguir o sonho de encontrar uma profissão pela qual se apaixone e sinta prazer em se dedicar a ela. A realização desse sonho depende de vocação, preparo, oportunidade, sorte e muita dedicação.
De nada adianta se preparar se não existir vocação. A oportunidade talvez nem seja percebida se não houver preparo. A sorte só mostrará sua face diante da oportunidade. A dedicação só será produtiva se a sorte indicar o caminho certo.
Minha história é uma conjugação de todos esses ingredientes. Não planejei ser professor de oratória. Na verdade eu nem sabia da existência dessa atividade até o dia em que o destino me levou à escola do Prof. Oswaldo Melantonio.
Eu tive um amigo que era extremamente tímido - ficava ruborizado só pelo fato de ser apresentado a alguém. Ele sofria muito por ser assim e me confidenciou que gostaria de mudar, de ser diferente, mais desembaraçado e comunicativo.
Procurei um meio de ajudá-lo e descobri que na Rua Bela Cintra, em São Paulo, havia o curso de comunicação verbal do Professor Oswaldo Melantonio. Eu nunca ouvira falar nesse tal professor e no seu curso, mas disseram-me que ele era muito competente.
Em uma quarta-feira à noite fomos assistir a uma aula de apresentação do curso para saber qual era a proposta do professor. Meu amigo gostou da aula, mas não teve coragem de continuar.
Eu, entretanto, que não tinha a mínima intenção de participar de um curso que ensinava a falar em público, fiquei maravilhado com o