Logística
Relatório dos Consumidores: Por que o camarão, o produto mais valorizado da indústria pesqueira, é tão decepcionante? Se olharmos com detalhes a jornada do camarão desde o mar até a mesa do consumidor, a resposta ficará evidente.
1. Os métodos de pesca variam conforme a distância do porto, os equipamentos disponíveis nos barcos de pesca e a capacidade do porão desses barcos. Geralmente, a rede é esvaziada no convés, onde o camarão é separado de alguns peixes e outros itens indesejáveis. Nas águas mais ao sul, onde as temperaturas tanto do ar como do convés podem ser extremamente elevadas, o camarão tem a cabeça retirada imediatamente, é lavado com água do mar e colocado no gelo, dentro do porão da embarcação.
2. Se os pesqueiros forem tão pequenos que tenham que retornar ao porto toda noite, pode ser que o resultado do dia tenha sido guardado no gelo. No próprio cais, ele é vendido imediatamente aos agentes das indústrias. Muitos dos barcos maiores carregam gelo picado em quantidade suficiente para permanecer nas áreas de pesca por uma semana ou mais de cada vez. As embarcações mais modernas dispõem de porões refrigerados.
3. Apesar da variação dos procedimentos de pesca, fica óbvio que, uma vez que o frágil camarão é retirado do mar, ele é objeto de manuseio inadequado. Exposto ao ar durante longo tempo no convés, ele pode desenvolver pontos pretos. Posteriormente, dentro dos pequenos depósitos do porto, podem ocorrer outros defeitos que prejudicam parcial ou totalmente a qualidade e a salubridade do pescado.
4. Novamente, o tempo e a temperatura são fatores críticos. Os defeitos têm mais chance de se desenvolverem quando o camarão é refrigerado por tempo demais ou por ter sido mantido num período mais curto, mas a temperatura maior. Como todo o pescado de vários dias de um barco é muitas vezes industrializado de uma única vez, todos os defeitos da safra não vêm necessariamente juntos em uma só caixa ou saco do produto. Um