Logística
As grandes montadoras sempre estiveram na vanguarda em métodos e práticas operacionais e ditaram as regras de trabalho para as empresas que queriam prestar serviços para elas. Empresas terceirizadas tem que ter um padrão de qualidade na sua produção, compatível com o nome da montadora, um atendimento eficiente dos seus funcionários e entregas no momento real da sua necessidade. Com este trabalho terceirizado muitas empresas nasceram, cresceram e muitas vezes dependem exclusivamente das montadoras, pois sua produção é dedicada para atendê-las. A Toyota, que foi a responsável pela implementação do "Just-in-Time", criou este sistema e o impôs para quem quisesse trabalhar em parceria. Com isso, diminuiu muito seu estoque, passando a responsabilidade e o comprometimento de não parar sua produção para seus terceirizados. Na época da inflação alta no Brasil e ciranda financeira, onde muitas empresas não se preocupavam em serem enxutas e terem o máximo de aproveitamento, a ineficiência era compensada com aplicações no mercado, que dava um ganho absurdo por dia. Assim muitas empresas eram administradas. Com medidas econômicas do governo e mudanças radicais na economia mundial, tudo se transformou no Brasil. As empresas tinham que mudar para poder acompanhar o mercado. Nesta fase ocorreram muitas quebras. Umas porque não estavam preparadas para a nova realidade e outras pela abertura radical que teve no Brasil nesta ocasião, não agüentaram a concorrência da globalização. Foi nesta fase que as consultorias tiveram muito trabalho, pois as empresas precisavam que viesse alguém de fora com uma visão sistêmica, para em pouco tempo, torná-las competitivas. Foi um período em que a logística ganhou muito destaque e difusão, pois ela tem justamente esta característica de ser integradora e orientar para resultados no todo e não se prender a ganhos isolados. Foi comum os consultores detectarem nas empresas, um quadro muito parecido na visão macro, ou seja,