Logística do pão de açúcar
EM BUSCA DE UM PROCESSO LOGÍSTICO EFICAZ
Quando o consumidor se dirige a uma loja de supermercados, faz suas compras, passa pelo check-out com o carrinho, dificilmente imagina a enorme estratégia montada para que o produto chegue às suas mãos. O que há de fato é uma verdadeira operação logística, cujo objetivo é entregar o produto certo, na hora certa, no lugar certo e ao menor custo possível. Mas não se trata apenas de um emaranhado de teorias, equipamentos de última geração e siglas que fazem da logística um tema mais do que necessário. É claro que uma operação logística pressupõe a integração da cadeia de abastecimento, por meio da troca de informações, processos e operação planejada, mas o objetivo só é alcançado por meio do bom relacionamento entre indústria e varejo.
O presidente da Associação Brasileira de Movimentação e Logística – ABML – informou que a logística movimenta cerca de 15% do Produto Interno Bruto nacional e 16% do PIB global, o equivalente a UR$ 2,1 trilhões. O mesmo autor questiona o setor de supermercados a respeito da diminuição de seus custos logísticos que, atualmente, representam de 2,5% a 6% do faturamento bruto.
Estabelecer uma parceria entre os dois lados da cadeia de abastecimento não é uma tarefa fácil, pois a sincronia de processos logísticos, comerciais e de produção exige da indústria e do varejo uma harmonia que precisa ser constantemente ajustada. Quando o tema esbarra na questão da logística e com ela vem o dilema de decidir por um centro de distribuição ou um sistema logístico terceirizado, a escolha também não é das mais óbvias.
Ao analisar a história recente das empresas, tanto produtoras como do varejo, percebe-se que os grandes grupos optam e investem cada vez mais em centros de distribuição próprios. No caso da Sadia, maior empresa produtora de alimentos nacional, os investimentos com a logística acompanharam sempre sua história (Dalla Costa, 1999), mas têm sido intensificados