Logos verdadeiro e logos falso no crátilo de platão
Michele Kanashiro1 Resumo: Considerando a investigação de Platão sobre o falso no discurso, sua possibilidade e como ela se dá, alcançada com êxito pelo filósofo em um de seus diálogos da maturidade, a saber, o Sofista; este estudo aborda uma questão que viabiliza tal apontamento, trata-se da relação entre palavra e coisa, desenvolvida no Crátilo. Esse diálogo traz uma discussão entre a teoria naturalista e a convencionalista, ambas apresentando a correção dos nomes por meio de teses e perspectivas diferentes. Este texto pretende mostrar a pertinência da discussão sobre a correção dos nomes para a crítica platônica do falso no discurso, abordando alguns elementos comuns que aparecem nas duas teorias pelas quais opõem-se seus respectivos defensores. Nesse diálogo é possível notar aquilo que interessa ao filósofo: não se trata de chegar a um posicionamento sobre a teoria correta, mas de fazer uma reflexão sobre a relação entre palavra e coisa, por meio da abordagem das duas perspectivas sobre a correção dos nomes, de modo a mostrar que há o logos verdadeiro e o logos falso. Palavras-chave: Platão, discurso, falso, logos. Abstract: Considering Plato’s research about the false discourse, its possibility and how it is done, successfully achieved by the philosopher in one of his maturity dialogues, namely, the Sophist, this study approaches an issue that enables this idea, concerning about the relationship between word and thing, developed in Cratylus. This dialogue brings a discussion between the naturalist and conventionalist theories, both presenting the correction of the names using different theories and perspectives. This text aims to present the relevance of the discussion about the correction of the names to the Platonic critique about the false discourse, addressing some common elements that appear in
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Graduanda em Filosofia pelo Centro Universitário São Camilo. Orientador: Prof. Bruno Loureiro Conte.