Logistica
Os métodos de cálculo de fretes usualmente utilizados pela NTC e pela Fipe partem da hipótese de que o veículo de transferência trafega sempre carregado, tanto na viagem de ida quanto na viagem de volta.
Na prática, nem sempre se consegue carga de retorno, especialmente quando a transportadora atende a regiões predominantemente importadoras (nordeste e centro-oeste, por exemplo). O desequilíbrio de fluxo entre as regiões atendidas gera ociosidade do veículo no retorno e, portanto, acréscimos nos custos, que precisam ser incorporados ao método de cálculo.
Modelo para transporte sem retorno vazio
O modelo usual para cálculo de frete, admitindo-se veículo carregado tanto na ida quanto na volta baseia-se nas seguintes fórmulas (ver Manual de Cálculo de Custos e Formação de Preços do Transporte Rodoviário de Cargas):
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F = Frete-peso (R$/tonelada)
X = Distância da viagem (percurso), em km
A = Custo do tempo de espera durante a carga e descarga
B = Custo de transferência (R$/t.km)
DI = Despesas indiretas (R$/tonelada)
L = Lucro operacional (%)
O fator A (custo do veículo parado para carga e descarga) calcula-se pela fórmula:
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A= custo do tempo de espera durante a carga e descarga (R$/tonelada
CF = Custo fixo (R$/mês
Tcd = Tempo de carga e descarga (horas)
H = Número de horas trabalhadas por mês
CAP = Capacidade utilizada do veículo (toneladas)
O valor de H situa-se na faixa de 200 a 240 horas por mês, para um turno de trabalho e pode ser ampliado por meio de horas extras ou multiplicado por até 3, quando se utilizam pontes rodoviárias (hot seats).
A divisão de CF por H fornece o custo fixo por hora trabalhada. Quando se multiplica o resultado pelo tempo de carga e descarga, tem-se o custo fixo daquele tempo. Dividindo-se o resultado pela capacidade do veículo (CAP), obtém-se o custo por tonelada de carga/descarga.
O fator B (custo de transferência por