Logistica
A questão da destinação mais adequada de óleo lubrificante usado ou contaminado há tempos tem estado em pauta nos debates sobre o meio ambiente industrial. O óleo lubrificante é um produto derivado de petróleo, recurso natural não-renovável, ou seja, é um recurso que pode se esgotar. Em alguns países, a venda de lubrificantes em supermercados e a troca de óleo em domicílio são muito difundidas, exigindo-se que sejam criados programas de coleta de óleos usados voltados para o consumidor. A Europa e os Estados Unidos recolhem 35% do seu óleo em relação ao consumo geral. De acordo com dados do Cempre – Compromisso Empresarial para a Reciclagem, estima-se que em todo o mundo, anualmente, 40% do lubrificante tem condições de ser reaproveitado. No Brasil, a Portaria 127/99 da ANP – Agência Nacional do Petróleo determina que 30% do volume de óleo comercializado seja coletado e destinado ao rerrefino, processo industrial que transforma o óleo usado em óleo básico, principal matéria-prima da fabricação do lubrificante acabado. Segundo a ANP, o país consome anualmente cerca de 1 milhão de metros cúbicos de óleo lubrificante e gera 350.000 m3 de óleo usado. Dados da ANP e do Sindirrefino – Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais apontaram que a coleta no ano de 2008 foi de cerca de 300 milhões de litros, algo em torno de 27%, com uma produção média de 210 milhões de litros de óleo básico rerrefinado. O óleo lubrificante representa cerca de 2% dos derivados do petróleo, e é um dos poucos que não é totalmente consumido durante o seu uso. Ainda segundo informações do Cempre, o uso automotivo representa atualmente 60% do consumo nacional, principalmente em motores a diesel. Também são usados na indústria em sistemas hidráulicos, motores estacionários, turbinas e ferramentas de corte. É composto de óleos básicos, hidrocarbonetos saturados e aromáticos, que são produzidos a partir de petróleos