Logistica
A emigração de portugueses não é um fato recente, sempre esteve presente na sociedade portuguesa cuja evolução ficou mais forte ao término do século de XIX e durante o terceiro quarto do século de XX. Razões económicas, entre outros de natureza social, religiosa e política, são as principais causas para a diáspora portuguesas nos cinco continentes. A análise da emigração portuguesa, registada durante as últimas décadas, testemunha as vicissitudes porque tem vindo a passar este fenómeno destacando uma vez mais na sua história a relação destas saídas, com o estado de desenvolvimento de Portugal e com a evolução do mercado de mão-deobra internacional. Com efeito, se tivermos em consideração a evolução deste movimento, em particular no decurso do século XX, verificamos que este movimento sofreu alterações muito significativas em relação ao seu volume e destinos, à sua evolução e composição, às suas causas e reflexos sobre a sociedade de origem. Evolução A análise da emigração portuguesa, revela a existência de variações muito significativas desde o início do século XV, quando da descoberta das Ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira, seguida do povoamento destes territórios. Desde então, é de realçar a enorme saída da população portuguesa para África e para as Índias Orientais e Ocidentais, facto que passou a ser uma constante desde o início do século XVII após a descoberta das minas de ouro e de pedras preciosas no Brasil e o arranque da emigração para estas paragens. Uma estimativa destas saídas nos séculos seguintes realça: _a saída de 8000 a 10000 portugueses com destino ao Brasil durante o século XVIII; _ a saída de cerca de 28000 emigrantes durante a última década do século XIX. Em relação à evolução deste movimento durante a primeira metade do século XX assinalamos o seu incremento até 1914 e uma quebra acentuada no decurso dos anos seguintes em consequência das guerras e da crise económica dos anos trinta: 9,2 milhares de