logistica
Uma arma verdadeiramente competitiva – Parte II
José Carlos Ferrante
Professor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia
No artigo anterior, o autor deixou, como mensagem para a indústria de embalagem, que a correta gestão da cadeia de suprimentos é fundamental para se obter uma real vantagem competitiva. Neste artigo, será abordado o conflito entre os fluxos de materiais e de caixa a fim de contribuir para que os leitores possam identificar formas de criar vantagem competitiva no mercado, tais como: a) maior valor adicionado ao produto pelo serviço ao cliente; b) maior produtividade à empresa pela redução de custo ou otimização do uso dos recursos.
O Fluxo Físico versus o Fluxo de Caixa. Onde está o dinheiro?
Como citado, a busca da competitividade relaciona-se cada vez mais com a busca do ponto ótimo do sistema, além das fronteiras da empresa. Por isso,
integrando a empresa com os seus
fornecedores e seus clientes, pode-se identificar um fluxo físico integral de bens e serviços por meio dos diferentes elos da cadeia e do seu impacto no fluxo de caixa total. Na Figura 1 exemplificam-se esses fluxos.
Compra da Matéria-Prima
Venda do Produto
Prazo Médio de Produção 105 dias
0
25
Cobrança da Duplicata
Prazo Médio de Vendas 35 dias
105
140
Prazo Médio de Compras
25 dias
Pagamento
da Duplicata
Prazo Fluxo de Caixa:115 dias
Pagamento
Recebimento
Figura 1: Fluxos de materiais e de caixa
1
Na data zero, o fornecedor entrega a matéria-prima para a fabricação da embalagem na portaria da empresa, que carimba o canhoto da nota fiscal de recebimento e, a partir desse momento, torna-se
“proprietária” do seu fluxo físico. O material seguirá o caminho natural, ou seja, passará pelo recebimento e controle de qualidade, será estocado por um determinado período, passará pelos diferentes departamentos de produção até se transformar em embalagem, que