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VERDES NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
O empenho do governo brasileiro em assumir uma posicao de lideranca na XV Conferencia das Partes sobre a Convencao do Clima, realizada entre os dias 8 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhague, acabou tendo importantes reflexos internos sobre a politica ambiental do pais. Varias medidas vem sendo tomadas no sentido de reduzir as emissoes nacionais de gases de efeito estufa, demonstrando assim que o Brasil esta procurando fazer sua licao de casa. Entre elas, podemos citar a isencao do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para equipamentos de geracao de energia eolica e para produtos fabricados com materiais reciclados adquiridos de cooperativas de catadores, e a adocao de criterios ambientais para as compras publicas de bens e servicos por parte do governo federal.
Alem de contribuirem para a mitigacao das mudancas climaticas, ao estimularem a utilizacao de energias renovaveis e de materias-primas e produtos menos intensivos em carbono, essas medidas abrem novas e promissoras perspectivas para a geracao de empregos verdes1 no pais. A primeira evidencia nesse sentido foi a pronta iniciativa da Alston, empresa multinacional fabricante de equipamentos para a geracao de energia eolica, entre outros produtos, de entrar em entendimentos com o governo da Bahia para a instalacao de uma fabrica desses equipamentos naquele estado. Certamente, não tera sido mera coincidencia a manifestacao do interesse da empresa somente depois do anuncio da concessao de isencao fiscal a esses equipamentos, alem da recente aprovação de 18 projetos de geracao de energia eolica a serem implantados em territorio baiano.
A eliminacao do IPI de produtos fabricados com materiais reciclados, por sua vez, devera ampliar significativamente a demanda das industrias por esses materiais, contribuindo assim para a criacao de novos postos de trabalho na coleta, no tratamento, no transporte e no reaproveitamento de