logistica
Demissões no Porto do Açu atingem comércio de São João da Barra, RJ
Setor hoteleiro também registrou grande prejuízo.
Movimento nos estabelecimentos comerciais despencou em até 70%.
O setor hoteleiro de São João da Barra, Norte Fluminense, passa por crise após demissões de funcionários da construção do Porto do Açu. Donos de hotéis e pousadas fizeram investimentos pensando em atrair os trabalhadores vindos de outras cidades para a obra do complexo portuário na cidade, mas as últimas demissões causaram prejuízo para quem vive do turismo.
De acordo com a Associação de Hotéis, Pousadas, Bares e Restaurantes de São João da Barra, as hospedagens tiveram redução de 5%. Quando se fala em alimentação, o movimento nos estabelecimentos caiu 70%. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, nos últimos três meses, pelo menos 1.600 pessoas que atuavam nas obras do superporto do Açu foram demitidas.
O setor imobiliário também foi atingido. Das 120 casas alugadas por uma imobiliária para funcionários que atuavam no porto, 20 já foram entregues. Além disso, afetou também outros empreendimentos que estavam previstos, como novas pousadas e loteamentos, avaliados em R$ 10 milhões, e que agora não têm mais prazo para sair do papel.
A LLX, empresa responsável pelas obras do Porto do Açu, informou que é normal a mobilização e desmobilização de frentes de trabalho por causa da evolução de cada etapa da construção e que o cronograma da obra não foi alterado. O início da operação está previsto para este ano.
Empreendimento
Formado por dois terminais, um offshore e outro onshore, o Superporto do Açu terá 17 km de píer, profundidade inicial de 21 metros (com expansão para 26 metros) e capacidade para receber até 47 embarcações, incluindo navios de grande porte, como Capesize, Very Large Crude Carrier (VLCCs) e Chinamax. A previsão é que o Superporto do Açu movimente até 350 milhões de toneladas por