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Momento de Trade-Offs Críticos
Corria o mês de junho de 2009. A data de lançamento do novo Seda se aproximava. Os últimos estudos promovidos pela equipe de Brand Development indicavam que Surgery II conseguiria comunicar a nova filosofia de Seda com sucesso, restabelecendo a marca como referência no mercado de produtos para cabelos.
Naquele momento, o time de Supply Chain analisava os planos de transição, produção e distribuição do novo Seda. Surgery II era o projeto mais complexo lançado em Supply Chain
Brasil, envolvendo uma centena de SKUs e a troca de dois mil materiais na produção.
As projeções de demanda, estoque e produção (S&OP) deveriam ser um processo contínuo, com a participação de representantes de vendas, trade, marketing e finanças. A estratégia de desestoque forçado do trade previa o consumo de todo o estoque das embalagens antigas nos meses de julho e agosto - diminuindo, assim, a quantidade de write-off. A chegada do novo Seda às prateleiras estava prevista para o primeiro dia de setembro. Um das principais lições de
Surgery I era de que, quando uma nova versão é apresentada, a versão antiga torna-se imediatamente rejeitada pelo trade.
No entanto, logo no começo do processo de produção das novas embalagens, problemas na fabricação das tampas de Surgery II prejudicaram to do o planejamento da área. Ao longo de discussões, e-mails e planilhas desenvolvidas entre os executivos de Supply Chain e os fornecedores críticos do projeto, a produção chegou a ser paralisada por duas semanas.
Uma reunião de emergência foi convocada pelos principais envolvidos no projeto. O encontro já se arrastava por 12 horas, não se conseguia chegar a um consenso. Perguntas fundamentais ainda ficavam sem respostas: Como retrabalhar as tampas e qual o impacto disso na produção?
A produção de algumas variedades do antigo Seda já tinha data para ser paralisada e o atraso no lançamento de Surgery II trazia sérios riscos de ruptura na transição. O