Logistica Bic
Bic e Martins: reposição contínua.
A multinacional francesa BIC, produtora de canetas, isqueiros e barbeadores, sempre contou com a força do setor de distribuição para alcançar e manter sua posição privilegiada nos mercados em que atua no Brasil. A empresa é líder nas categorias de escrita e isqueiros, com 60% e 75% de participação de mercado respectivamente. Na categoria de barbeadores descartáveis, detém 30% do mercado e é vice-líder.
A organização chegou ao Brasil em 1956, e a marca BIC tornou-se sinônimo de caneta esferográfica no país já a partir de 1961, quando lançou o produto BIC Cristal. O produto atinge os mais variados pontos de vendas, graças à sua estratégia de distribuição, fazendo com que o produto integre o cotidiano de consumidores de diferentes regiões geográficas, independentemente de faixas etárias, sexo ou estratificação social.
Com o objetivo de aumentar vendas e distribuição, e melhorar o serviço aos pequenos pontos de vendas por todo o país, atendidos pelo setor atacadista, a BIC e a Martins, um dos maiores atacadistas da América Latina, aliaram-se em projeto inovador. As duas empresas desenvolveram e implementaram um projeto de reposição contínua, incluindo troca de informações de estoques e ajustes diários entre a demanda do Martins e o suprimento de produtos pela BIC.
O conceito de estoque gerenciado pelo fornecedor – VMI (Vendor Managed Inventory) – foi o modelo adotado, em que os produtos são “puxados” em função das necessidades de reposição, contrariamente à prática de “empurrar” o produto, independentemente de seu consumo, o que pode gerar distorções na cadeia pela elevação ou até mesmo pela falta de estoque.
Essa prática elevou o nível de serviço, saltando de cerca de 80% para aproximadamente 95%. Foi obtido expressivo ganho na cobertura de estoque, ocorrendo uma redução significativa de 40 dias para apenas 7. Outro indicador importante foi a redução do ciclo de geração de pedido, reduzido de 8 para