Logica Formal
A Lógica Formal – princípios elementares* Roberto Patrus Mundim**
RESUMO
Neste artigo, a lógica formal é definida como a ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-los corretamente na procura e demonstração da verdade. Seu objetivo é apresentar a diferença entre dedução e indução, as regras da dedução, sob a forma de silogismos e de argumentos condicionais, bem como os vários tipos de falácia. Trata-se de uma introdução simples e didática à lógica formal, para aqueles que desejam ter uma primeira abordagem com o tema.
Palavras-chave: Lógica formal; Dedução; Silogismo; Falácia.
M
uitos professores de matemática e de filosofia falam da importância da lógica formal para o reto pensar. As demonstrações contábeis, os teoremas e as proposições filosóficas muitas vezes são acusados de não terem validade lógica. Usam-se expressões como falácias ou sofisma, mas raramente há explicações para o leitor leigo do que significam estes termos e quando eles se aplicam. A lógica formal deixou de ser ensinada nas escolas assim como o latim. Os interessados neste tema não raramente encontram dificuldade em encontrar um texto didático so-
bre o tema, de fácil acesso e que clarifique o assunto. Este artigo pretende suprir essa carência, pois já se mostrou-se muito útil em sala de aula, pelo seu caráter simples e didático.
Etimologicamente, lógica vem do grego logos que significa “palavra”, “expressão”, “pensamento”, “conceito”, “razão”.
Para Aristóteles, a lógica é a “ciência da demonstração”. O teorema de Pitágoras, por exemplo, é demonstrado observando-se as regras impostas pela lógica. Poderíamos definir lógica como “a ciência da conseqüência e da verdade da argumentação”. “É a ciência das leis do pensamen-
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Agradecimento especial ao professor Doutor Andrés Rivadulla, da Universidad Complutense de
Madrid, por sua criteriosa revisão e sugestões.
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Professor da PUC Minas, Mestre em Administração e doutorando em Filosofia pela