Locke
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil
Para John Locke, no Estado de natureza, os homens são capazes de estabelecer uma relação recíproca de igualdade, portanto, sem a necessidade de existência de um poder soberano. Não existe uma desigualdade natural, somente uma relação de recíprocidade entre todos os homens. O poder soberano existente é o de Deus e somente esse poder pode declarar um homem acima e diferente de todos os outros.
“Amor de si” – essa expressão é a explicação da obrigação de todos os homens, a preservação da própia vida, corpo e existência.
A lei de natureza - no Estado de natureza, os homens são iguais e independentes, nenhum homem deve prejudicar outro. O Estado de natureza, segundo John Locke, pressupoe certa ordem. Cada homem fiscaliza o outro homem, verificando se está agindo de acordo com a lei de natureza, tal lei visa a paz e a preservação.
Diferentemente de Hobbes, para Locke, o homem não é o lobo do homem. No próprio Estadi de natureza, existe uma lei que busca a paz. Todos os homens têm os mesmos direitos e deveres. Até mesmo o dever de punir outros homens que não respeitaram a lei de natureza, a punição deve ser justa, garantindo que tal ato que prejudicou alguém, não ocorra novamente. A razão é a base para agir no Estado de natureza, todo homem ter o direito e dever de punir o transgressor e executar a pena.
O Estado de natureza de Locke pode virar um Estado de guerra, é uma possibilidade, diferente do Estado de naureza de Hobbes que necessariamente é um Estado de guerra.
Estado de guerra - Este é um estado de inimizade e destruição que tem origem no desentendimento de indivíduos no estado de natureza que declaram guerra entre si, podendo contar com o auxílio de terceiros que queiram vir se juntar à causa. Locke reconhece essa possibilidade ao afirmar que temos o direito de declarar guerra àquele que a declara como o permite a lei natural. Assim, Locke afirma que a tentativa de