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Locke
No século dezessete a Inglaterra vivia um momento conturbado, onde o antagonismo protagonizado pela dinastia Stuart e a burguesia ascendente, partidária do liberalismo se confrontavam, culminando em duas guerras civis.
A crise político-religiosa, se agravou no momento em que a rivalidade econômica de interesses foi ao estopim. A causa desse conflito era os privilégios e monopólios do mercantilismo, concedido pelo Estado contra os que defendiam as liberdades do comercio e da produção.
Esses eventos conflituosos, foram denominados de A Revolução Puritana, eles culminaram com a execução de Carlos primeiro e a implementação de uma republica inglesa. Nesse período Oliver Cromwell se estende ao poder. Seu governo apoiado pelo exército e pela burguesia, transformou a Inglaterra numa potência comercial e naval. Após sua morte, país passou por uma grande crise política, e para evitar-se outra guerra civil, os Stuart e a monarquia voltaram.
A restauração monárquica, gerou uma divisão do parlamento em dois partidos, os conservadores e os liberais. A crise inglesa chegou seu ápice no reinado de Jaime segundo. Em detrimento da situação caótica os partidos se juntaram e ao lado de Guilherme de Orange elaboraram uma conspiração contra o rei. Esse marco ficou conhecido como A revolução Gloriosa, que concretizou o triunfo do liberalismo perante o absolutismo e com a aprovação do Bill of Right, assegurou e legitimo a supremacia legal do parlamento, transformando a Inglaterra numa monarquia limitada.
É nesse contexto liberal que surge John Locke, refugiado na Holanda no período da guerra civil inglesa, volta a Inglaterra após a Revolução Gloriosa. Uma de suas obras o Segundo Tratado, mostra a origem, extensão e objetivo do governo civil, e também legitima o ato dessa revolução, com base no direito de resistência. A justificativa fundamentada de Locke sobre esse tratado seria que, nem a tradição, nem a força, mas apenas o consentimento dos indivíduos é poder político