Locke
III – O Povo Para Locke o termo people só aparece no Segundo Tratado Sobre o Governo Civil, para designar o conjunto de súditos que se opõe aos que governam. Sua existência como povo se fortalece na medida em que eles divergem e sofrem opressões dos governantes. Possivelmente será mais fácil de definir o bem do povo, do que o próprio povo. Enquanto os governantes agirem racionalmente o bem do povo será igual ao seu bem e ao bem da comunidade. O povo, por sua vez, é uma sociedade de criaturas racionais, detentoras de razão e capacidade de reflexão, capazes de julgar, interagir e agir. Tendo, assim, todas as capacidades de uma pessoa. Esse povo, como pessoa, surge a partir do momento em que a comunidade é estabelecida. O povo dá aos legisladores seu poder, por ser ele quem escolhe seus representantes. Ele confia estar escolhendo os melhores representantes para prezar pelo seu bem. E, por fim, fica claro que nada além do consentimento do povo pode assegurar uma Commonwealth. “Quem melhor que o povo, que confiou uma missão, poderia julgar se essa missão foi realizada e respeitada?” Apesar de ter o poder de escolher quem o representa é inconstitucional que o povo se de um poder maior que o dos governantes. Cabe a ele ser o árbitro, o avaliador para ver se as leis estão sendo respeitadas. Para que a comunidade sobreviva, seu direito individual não pode prevalecer sobre o direito do todo. Para Locke, pelo povo a lei natural se passa e se manifesta porque ela é o principio de todo direito e ela determina os fins do “bem do povo”. (falta completar essa parte, não ficou muito claro para mim) Locke é criticado pelas relações que trabalha entre individuo e comunidade. Muitas vezes pela falta de um individualismo absoluto o acusam de coletivismo e propensão ao totalitarismo. Outras, colocam que ao dizer que a soberania reside no individuo ele instaura a “tirania do individuo”. De fato, nada disso faz sentido para ele. Locke coloca que a lei natural une o