Lição casa
* Nelson Moschetti
Livros de administração consagraram três aspectos básicos inerentes a uma boa gestão de negócios - monitorar recursos materiais, financeiros e humanos. No entanto, é relativamente comum observar que administradores de investimentos dispendiosos acabam, no seu cotidiano, fisgados pelo lado econômico.
A atração é forte, pois sem uma boa gestão financeira e de materiais, o empreendimento não se desenvolve e também não se mantém, correndo o sério risco do negócio não sobreviver. São verdades que envolvem uma grande cilada: acreditar que isto é suficiente, o que leva à crença que basta contratar pessoas e gerenciar o dia-a-dia.
Recursos financeiros, em geral, são padronizados. Basta analisar os mais diversificados estabelecimentos para verificar as semelhanças existentes. Como personalizá-los, então? A resposta está na competência humana, que vai dar "cara própria" ao empreendimento. Nesta fase, o gestor é administrador de investimento e precisa de uma equipe bem treinada para ser eficaz na definição das linhas mestras, objetivando transformar o seu negócio em um excelente ponto de vendas.
Em outras palavras: desde o início a diferença está nas pessoas. São elas que criativamente vão planejar o empreendimento como pólo de atração. Em todas as empresas, recursos humanos podem fazer a diferença - a indústria, por exemplo, requer um número menor de pessoas para atingir um elevado volume de produção. Mas é no varejo que essa dimensão é potencializada, pois as relações comerciais dependem fundamentalmente do contato interpessoal.
Outra armadilha refere-se aos clientes cativos, podendo provocar a acomodação. É fundamental ter o lojista satisfeito. Lojista insatisfeito aumenta a probabilidade de espaço vazio. Não é somente a inadimplência que provoca o espaço não alugado. E recursos humanos? O que têm a ver com isso? Em princípio, parece não haver relação, pois as ações desta