lixo no Brasil
A grande maioria dos resíduos sólidos urbanos (RSU) são depositados em lixões ou aterros sanitários, os quais acarretam sérias conseqüências para o meio ambiente como o aumento de gases de efeito estufa (GEE), a contaminação de lençóis freáticos e a proliferação de insetos e animais portadores de doenças. Somente no ano de 2010, 6,7 milhões de toneladas de RSU deixaram de ser coletadas e, como conseqüência, tiveram um destino impróprio. Porém a cobertura dos serviços de coleta de RSU vem apresentando um discreto aumento nos últimos anos.
Resíduo sólido urbano (RSU) produzido no Brasil em 2010:
Além disso, com o crescimento da população Brasileira, a geração de RSU vem registrando um crescimento expressivo que supera a taxa de crescimento populacional urbano. A população Brasileira cresceu cerca de 1% entre os anos de 2009 e 2010, entretanto a quantidade de RSU neste mesmo período teve um aumento de 6.8%.
COLETA SELETIVA & RECICLAGEM
A Lei Federal nº. 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), trouxe a coleta seletiva dentre suas medidas, especificando-a como a coleta de resíduos sólidos previamente separados de acordo com sua constituição e composição. Conseqüentemente, a coleta seletiva é um primeiro e importante passo para viabilizar a reciclagem e também diminuir o seu custo.
Em 2010, a pesquisa da ABRELPE constatou que dos 5.565 municípios existentes no Brasil, 3.205 (57,6%) indicaram a existência de iniciativas de coleta seletiva. Embora a quantidade de municípios envolvidos seja expressiva, é importante considerar que muitas vezes tais atividades resumem-se na disponibilização de pontos de entrega voluntária (PEV) à população ou na simples formalização de convênios com cooperativas de catadores para a execução dos serviços. Na realidade, poucas são as cidades que conseguem levar a coleta seletiva a toda sua população. Isso acontece devido ao fato de que a implantação da coleta seletiva de modo eficaz