Lixo Extraordinário
O documentário aborda a forma como vive a população que ‘ administra ‘ o lixo do Jardim Gramacho, que é produzido em sua maioria pelas elites, ou seja, as pessoas de maior poder aquisitivo. Além disso, há uma mescla de arte, relatando o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz e mostra o verdadeiro valor do lixo.
Todo o material descartado de uma forma correta tem destino a aterros sanitários e lixões. Quando esse material chega ao destino, os materiais preferidos dos catadores são latinhas, garrafa pet, ou seja, materiais mais leves para facilitar carrega-los. É possível perceber então, que muito lixo não é reaproveitado. Mas no meio de todo o lixo, há livros novos e outros objetos que ainda são úteis. Durante a visita de Vik Muniz, ele sugeriu que algumas pessoas fizessem poses para fotos que seriam fundamentais na transformação do lixo em obra de arte. Depois de todo um processo de seleção de fotos, o segundo passo foi sobrepor o lixo em cima da foto. A tentativa deu certo. Todo o plano elaborado, fez com que as pessoas que trabalham em Gramacho reconhecessem o que faziam ali além de catar o lixo, além de aguentar o mau cheiro, além de ganhar muito pouco e se sustentar com o mínimo, perceberam que é preferível ter um trabalho digno a roubar, se prostituir, a ser desonesto. As fotos foram à exposição e houve um leilão cuja obra leiloada foi vendida por 50 mil reais e o dinheiro ajudou não só as pessoas das fotos, mas também as pessoas que trabalham em Gramacho.
A imensa quantidade de lixo produzida é consequência do consumo em grande quantidade exigido pelo modelo econômico denominado capitalismo. Consumo e reaproveitamento do lixo são termos opostos e que não se encontram na mesma proporção, ou seja, há muito lixo e pouco reaproveitamento. Logicamente que esse fato leva a degradação do meio ambiente, do solo, se não for despejado de forma ecologicamente correta, como o despejo a céu aberto, jogar em rios, queimá-los. Além de