Lixo Extraordinário - Resumo e Análise
O documentário “Lixo Extraordinário” retrata como é o dia a dia dos trabalhadores do aterro sanitário Jardim Gramacho em Duque de Caxias (RJ). Disposto a mostrar a realidade daquelas pessoas sob uma perspectiva diferente, o artista plástico brasileiro Vik Muniz transforma algumas fotografias tiradas de alguns catadores e funcionários do aterro em verdadeiras obras de arte contemporânea, usando a própria matéria prima do trabalho: o lixo. A mobilização para concretizar tal feito requereu grande produção e uma equipe especializada para isso, mas a composição das fotos foi feita pelos próprios personagens, que orientados por Muniz levantaram e apontaram em meio ao esforço diário diversas questões envolvendo a própria essência do ser humano.
Muitos são os cenários e contextos em que os habitantes da região estão sujeitos dentro de Jardim Gramacho, conhecido como o maior aterro da América Latina. Barracos de madeira, papelão e palafitas, ratos e outros animais transitando entre os moradores, falta de saneamento básico e estruturas básicas de saúde e educação são apenas algumas das realidades observadas no local. Um exemplo é a catadora Suelem Pereira, que enquanto dorme e faz suas atividades diárias, convive com ratos em uma moradia alugada. A jovem de 18 anos mora no aterro para facilitar a rotina de trabalho, e visita os dois filhos sempre que pode, já que eles vivem com a avó. As condições em Gramacho são tão precárias que tanto a mãe quanto a filha de Suelem já se contaminaram com micose, fato que justifica a ausência da família no local.
A presença da cozinheira Leide Laurentina, mais conhecida como Irmã, é marcante para os trabalhadores, já que ela se disponibiliza a preparar o almoço diariamente, não importando as condições climáticas. Dentro do aterro, com um fogão improvisado, os mantimentos doados e encontrados em caixas em meio ao lixo são utilizados para cozinhar a refeição. “É batata, é um legume. Tem um carro