Lixo Extraordinário O fotografo e artista plástico Vik Muniz é uma estrela que atua de forma diferente dentro do filme “Lixo Extraordinário”, agindo de modo que toda a atenção que poderia ser voltada a ele, por ser ele o idealizador do projeto, seja repassada aos catadores do Jardim Gramacho, maior aterro sanitário do mundo. A ideia do fotografo é transformar o lixo — a matéria prima e de sobrevivência daqueles trabalhadores — em arte, mas com a parceria e colaboração dos catadores, para que essas peças fossem vendidas para utilizar a verba em ações para melhorar as condições de trabalho dessas pessoas. Uma das fotos, inclusive, foi leiloada em um evento beneficente em Londres. O documentário de início nos apresenta uma classe desesperada, que está perdida nos restos da sociedade, mas onde as pessoas não são depressivas, não demonstram tristeza e sim trabalhavam com sorriso no rosto e conforme a ideia do autor vai se consolidando é possível perceber que a intenção do mesmo, apesar de ser pequeno diante do tamanho do aterro, é fazer com que aqueles catadores ganhem o mundo. Vik Muniz tirou as fotografias usando o lixão como cenário e com a ajuda dos fotografados e de parte da comunidade construiu uma grande imagem com material do lixo. Segundo ele “De perto vê a matéria e de longe a ideia”. Foram os próprios personagens que ajudaram na arte de seus retratos, para eles era um momento mágico e inacreditável, tanto que depois dessa experiência se sentiram motivados a traçar planos para sair dali e recomeçar a vida em outro lugar. A ideia principal do fotógrafo era transformar aqueles restos, transformar todo aquele lixo em arte, de modo que, a sociedade pudesse passar a ver aquelas pessoas, não apenas como catadores de lixo, ou de material reciclado como eles preferem ser chamados, mas sim como peças chaves de todo um ciclo de desenvolvimento do mundo. Aquilo que para muitos é considerado lixo, sem utilidade, sem proveito, para Vik Muniz e para aquelas pessoas, se