LIXO ELETRÔNICO

1853 palavras 8 páginas
Lixo eletrônico e o uso crítico da tecnologia
2012/06/15 | Filed under: Experimentação Transdisciplinar, Notícias, Resíduos Sólidos and tagged with: Cigac, Felipe Fonseca,lixo eletrônico, Marcelo Braz, MetaReciclagem, Plano Nacional de Resíduos Sólidos
A grande quantidade de resíduos eletrônicos produzidos no país configura hoje um quadro preocupante. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas divulgados em 2010, o Brasil é considerado o maior produtor per capita de lixo eletrônico entre os países emergentes. Os números alertam para uma necessidade urgente de reverter as práticas de consumo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada pelo Governo Federal há dois anos, ainda não foi regulamentada.
E esta será a tônica da Roda de Conversas desta sexta-feira à noite aqui na Cigac. “Excessos em um futuro próximo” vai contar com a presença do Marcelo Braz, da MetaReciclagem e Marcelo de Carvalho, da UFAM.
Mas para já esquentar um pouco os motores e tentar mostrar à você a importância e abrangência deste debate, nós conversamos com o Felipe Fonseca, pesquisador do Labjor da Unicamp e co-fundador da rede MetaReciclagem.
Cigac: Como você analisa a questão do lixo eletrônico atualmente?
Felipe Fonseca: Acho que a questão principal é o fato de que as pessoas têm uma expectativa equivocada em relação ao lixo eletrônico, já que, em se tratando de lixo eletrônico, a reciclagem muitas vezes não é a melhor solução. O lixo eletrônico gera um custo para ser reciclado e esse custo não se paga no próprio processo, como é o caso do alumínio, às vezes do papel, da garrafa pet. E, além disso, a própria reciclagem do lixo eletrônico é poluente, gera impacto ambiental, gera impacto social, gera impacto econômico. A questão do lixo eletrônico não tem uma saída e é interessante pensar em alternativas para, principalmente, reduzir o consumo e a produção deste lixo. A partir daí pensar em uma maneira da minimizar o impacto, e aí sim, pensar em reciclagem, mas

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