Lixo agropecuário
RIO DE JANEIRO
MAIO-2013
LIXO AGROPECUÁRIO
1. INTRODUÇÃO – LIXO AGROPECUÁRIO
O lixo pode ter composição extremamente variada, dependendo basicamente da natureza de sua fonte produtora. Além de suas origens, o lixo também varia qualitativa e quantitativamente com as estações do ano, com as condições climáticas, com os hábitos e o padrão de vida da população. Em suma, podemos dizer que “os resíduos sólidos representam o fiel retrato da sociedade que os geram”, e quando expostos nas vias públicas ou nas propriedades rurais, mostram o nível de competência das pessoas ou empresas responsáveis por sua administração. Um aspecto interessante é que nas propriedades orgânicas que recebem um selo de certificação, uma disposição inadequada do lixo pode causar a perda do credenciamento junto à entidade certificadora. Além do lixo orgânico domiciliar, os moradores de zonas rurais lidam ainda com o lixo agrícola que é constituído de resíduos provenientes de atividades como a agricultura e criação de animais. As embalagens de agrotóxicos, sobras de culturas, sucatas de maquinário e dejetos de animais, defensivos agrícolas, ração e restos de colheita, por exemplo, requerem cuidados especiais. Porém, a falta informação, saneamento e um sistema eficiente de coleta levam muitos agricultores a simplesmente descartar estes materiais ou a adotar práticas perigosas como a queima do lixo.
Esta alternativa oferece uma série de riscos não só para o agricultor, mas também para o meio ambiente. Mesmo sendo proibida por lei, a queimada ainda é adotada em muitas propriedades. De acordo com o IBGE, essa alternativa cresceu em torno de 10 pontos percentuais, passando de 48,2% em 2000 para 58,1% em 2010. Já o descarte de lixo em terreno baldio, que em 2000 era adotada por moradores de 20,8% dos domicílios rurais, caiu para 9,1%, fruto do aumento do serviço de coleta.
2. SISTEMA DE COLETA
Dados do IBGE ( Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003)