O livro “Educação Fisica – Raizes européias e Brasil” de Carmem Soares trata da consolidação e inserção da Educação Fisica no contesto europeu do século XIX, processo que exerceu muita influência na inserção da Educação Física no Brasil, que só veio a acontecer mais tardiamente no século XX. Apoiada no positivismo, (corrente filosófica que coloca o conhecimento científico em lugar de destaque e que acredita que tudo que for comprovado por experimentos é uma verdade incontestável), tomou força a idéia de que o homem biológico que é o mais importante, e que “o social é subordinado ao orgânico, ou seja, a filosofia social é subordinada a filosofia natural.” E em meio à efervecencia e mudanças causadas pelas revoluções industriais, esse corpo biológico é visto como meio produtivo, e portanto de extrema importância para a burguesia. É então que surge a visão homem produtivo/homem biológico, necessario ao capitalismo. Surge a medicina higienista, que tinha um carater social, e visava dar melhores condições de saúde à população e maior salubridade aos ambientes das cidades.E a educação fisica entra nesse ideal de medidas para buscar a saúde, ela já é vista como algo fundamental para a obtenção de um corpo visualmente saudavel. Além disso, a Educação Física é considerada por pensadores como parte da educação básica do ser humano, e ela começa a ser sistematizada em métodos pela primeira vez. Várias países europeus desenvolvem sua própria escola, seu próprio modo de encarar e passar a Educação Física. A escola Alemã buscava atingir as finalidades do século XIX, eles acreditavam que além do corpo saudável, ela podia despertar o espirito nacionalista, algo importante para uma nação em processo de unificação. A escola sueca buscava em suma ter uma população de individuos fortes, já na França