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Por Ângela Antonioli Pêgas | VALOR ECONÔMICO, 8/3/2013
A necessidade de se promover um ambiente corporativo ou, de uma forma geral, de trabalho, em que a diversidade está presente é amplamente defendida pelos líderes de negócios. A controvérsia em torno do tema não é mais o porquê da diversidade, mas como torná-la uma realidade com benefícios quantificáveis para as organizações e, individualmente, para as pessoas que delas fazem parte. O aspecto gênero também deixou de ser o maior desafio quando se fala em diversidade. A participação das mulheres em posições executivas tem aumentado gradativamente e as companhias estão mais preparadas para os ajustes que porventura decorram desse crescimento. Em contrapartida, outras dimensões de diversidade são igualmente importantes e de mais complexa implementação. O que fica extremamente claro é que diversidade de nada adianta se não houver inclusão.
Em pesquisa realizada no ano passado pela Egon Zehnder, foram entrevistados 511 líderes de empresas de vários países e diferentes setores sobre como eles abordam diversidade e inclusão e se esses temas têm impacto positivo nas suas companhias e em suas vidas. Quase por unanimidade, 96% dos executivos ouvidos responderam que trabalhar em um ambiente com diversidade tem importância do ponto de vista pessoal. Acreditam que a diversidade amplia seus horizontes, fomenta discussões mais estimulantes e, finalmente, melhora a qualidade de suas decisões, gerando novas ideias e soluções.
Um expressivo número, 80% desses executivos, reportou que os ambientes em que hoje operam promovem aspectos de diversidade. Um minoria acredita que a implementação da diversidade, embora de forma geral positiva, pode ocasionar alguns efeitos colaterais não desejáveis, como discriminação positiva, tomada de decisão mais lenta ou custos