O capítulo começa com a narrativa de um engenheiro que trabalhou anos com elementos concretos (protótipos, projetos, produtos) e agora é chamado para coordenar equipes e tem que lidar com um produto intangível: pessoas. Neste primeiro caso introdutório fica óbvio a mudança de direção na própria constituição das corporações modernas: as promoções são direcionadas para atividades ligadas a pessoas. Pode parecer normal hoje, mas a uma década atrás as promoções eram direcionadas para condução burocrática de processos e não para coordenação de equipes de pessoas. Você era promovido para mandar em pessoas e não para coordenar (ou motivar) pessoas. Por isso Chiavenato afirma: “a ARH é uma das áreas mais afetadas pelas recentes mudanças que estão acontecendo no mundo moderno”. Essas mudanças organizacionais estão acontecendo porque houve uma mudança drástica na maneira global de se produzir. De fato, houve uma mudança radical na maneira de se investir na produção. Entraram os acionistas, o tempo real, o capital volátil, a competitividade etc. Agora não se trata mais de organizar uma empresa para atuar em um mercado local ou regional (nacional), mas se trata de organizar uma empresa para atuar em vários mercados em consonância com outras empresas globais. Ninguém esta mais isolado, todos estão interconectados. Essa foi a revolução da informação: “a informação passou a cruzar o planeta em milésimos de segundo. A tecnologia da informação forneceu as condições básicas para o surgimento da globalização da economia: a economia internacional transformou-se em economia mundial e global” (p.30). Na medida em que ampliaram os raios de atuação as empresas também passaram a sentir os impactos das mudanças de mercado. A demora em reagir significava perda de mercado e um aumento no custo operacional. Daí a necessidade de ter departamentos mais flexíveis para poderem se adaptar melhor as novas demandas globais do mercado. Elas entenderam que precisaram estar prontas para mudar de