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Kant é verdadeiramente um marco central na história da ética por um lado representa o ponto de chegada de um movimento remonta ao fim da Idade Média, segundo o qual a ética consiste num equilíbrio entre lei e liberdade, por outro, ele é o lugar de referência da reflexão ética posterior.
A ética Kantiana é revolucionaria, no sentido de que inaugura um conjunto de preocupações muito característicos, que não se confundem com as preocupações teleológicas ou utilitaristas ou hedonistas sua contribuição é, portanto, marcante. Reflexões a esse respeito descolam-se sobretudo da obra Fundamentação da metafisica dos costumes no entanto são importantes as referências filosóficas contidas em Crítica da razão pura, em crítica da razão pratica é referente ao Direito Internacional, o opúsculo sobre À paz perpétua. Já vimos que a filosofia jurídica Kantiana se contém na primeira parte Metafísica dos Costumes. Chegados a este ponto e antes de discorremos sobre moral e direito, entendemos pertinente explicar o que seja Metafísica dos costumes, segundo Kant. Metafísica significa a forma de conhecimento racional puro, não derivado da experiência ou, na linguagem de Kant, conhecimento “a priori” ou de entendimento puro e de razão pura. Por costumes entende Kant as regras de conduta ou leis que disciplinam a ação do homem como ser livre, posto que pertencente ao mundo inteligível, adequada suas ações à legislação moral.
Desta forma, a metafísica dos costumes é o estudo dos princípios é o estudo dos princípios racionais “a priori” da conduta humana, constituindo uma