livro “Matas Ciliares: Conservação e Recuperação” Capitulo 1 – “O Suporte Ecológico das Florestas Beiradeiras (Ciliares)”, Aziz Nacib Ab’Saber

473 palavras 2 páginas
O texto de Ab’Saber visa explicar, em uma perspectiva geomorfológica e hidrogeomorfológica, o processo de diferenciação dos ecossistemas de planícies aluviais e descrever a dinâmica sedimentária (os diques marginais) que funcionam como suporte para a vegetação ripária. Estes suportes ecológicos são encontrados em áreas inter e subtropicais, dessa forma o Brasil apresenta o maior e mais variado conjunto de diques marginais do planeta.
As Florestas Beiradeiras consistem em áreas de sedimentação aluvial em processo, sendo ecossistemas de brejos tropicais, constituídas por um solo argiloso turfoso escuro e por uma vegetação subaquática de água doce adaptada a viver em ambiente pantanoso. Este ambiente se apresenta em planícies fluviais e detém um grande e diverso mostruário florístico.
O desenvolvimento da Matas Ciliares ocorre no suporte geoecológico formado pelos diques marginais na beira alta dos rios. Essa estrutura sedimentar pode ser revestida ou não por vegetação e em épocas de cheia há a possibilidade de serem atingidas pela água e pelos detritos por ela arrastados. A área inundada é conhecida como leito maior, já a área que não é atingida pela água compreende ao leito de estiagem. È no leito de estiagem que surgem condições geoecológicas que propiciam o desenvolvimento de florestas de várzeas, já no leito maior o tipo de vegetação desenvolvido depende da intensidade e da qualificação dos sedimentos depositados. Os sedimentos trazidos pela água corrente ou pelo vento são implantados nas florestas e elevam a biodiversidade já existente.
Os rios intertropicais transportam ao longo do leito sedimentos retirados das montantes das planícies. O encontro de águas com dinâmicas completamente contraditórias são resultados de um transporte de detritos diferentes, um exemplo muito conhecido desse encontro de águas é o encontro do Rio Negro com o Solimões.
O autor deixa claro, para a história da fisiografia e ecologia brasileira, a importância das datações do início da

Relacionados