livro “Matas Ciliares: Conservação e Recuperação” Capitulo 1 – “O Suporte Ecológico das Florestas Beiradeiras (Ciliares)”, Aziz Nacib Ab’Saber
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O texto de Ab’Saber visa explicar, em uma perspectiva geomorfológica e hidrogeomorfológica, o processo de diferenciação dos ecossistemas de planícies aluviais e descrever a dinâmica sedimentária (os diques marginais) que funcionam como suporte para a vegetação ripária. Estes suportes ecológicos são encontrados em áreas inter e subtropicais, dessa forma o Brasil apresenta o maior e mais variado conjunto de diques marginais do planeta.As Florestas Beiradeiras consistem em áreas de sedimentação aluvial em processo, sendo ecossistemas de brejos tropicais, constituídas por um solo argiloso turfoso escuro e por uma vegetação subaquática de água doce adaptada a viver em ambiente pantanoso. Este ambiente se apresenta em planícies fluviais e detém um grande e diverso mostruário florístico.
O desenvolvimento da Matas Ciliares ocorre no suporte geoecológico formado pelos diques marginais na beira alta dos rios. Essa estrutura sedimentar pode ser revestida ou não por vegetação e em épocas de cheia há a possibilidade de serem atingidas pela água e pelos detritos por ela arrastados. A área inundada é conhecida como leito maior, já a área que não é atingida pela água compreende ao leito de estiagem. È no leito de estiagem que surgem condições geoecológicas que propiciam o desenvolvimento de florestas de várzeas, já no leito maior o tipo de vegetação desenvolvido depende da intensidade e da qualificação dos sedimentos depositados. Os sedimentos trazidos pela água corrente ou pelo vento são implantados nas florestas e elevam a biodiversidade já existente.
Os rios intertropicais transportam ao longo do leito sedimentos retirados das montantes das planícies. O encontro de águas com dinâmicas completamente contraditórias são resultados de um transporte de detritos diferentes, um exemplo muito conhecido desse encontro de águas é o encontro do Rio Negro com o Solimões.
O autor deixa claro, para a história da fisiografia e ecologia brasileira, a importância das datações do início da