livro o processo de comunicaçao resenha
Comunicação: âmbito e objetivo
Determinando o campo de atuação do comportamento comunicativo, o autor explicita as modificações e inovações que ocorreram no âmbito da comunicação ao longo do tempo, utilizando como divisores de águas as revoluções industrial e tecnológica. A partir da passagem da manipulação das coisas para a manipulação dos símbolos, vimos surgir novas profissões, novos departamentos, novos cursos nas universidades, a comunicação se tornou crucial para aquele que deseja alçar o cimo em alguma empresa, pois por meio dela pode-se manipular e coordenar pessoas, algo que se tornou mais importante do que saber o procedimento industrial utilizado pela empresa.
Para traçar o objetivo da comunicação, o autor cita e em alguns casos critica algumas definições já empregadas, como a de Aristóteles que deixou nitidamente fixado que a meta principal da comunicação é a persuasão. Perpassando pela Psicologia das faculdades que divide o objetivo da comunicação em 3, sendo estes: informativo (apelo à mente), persuasivo (apelo à alma) e divertimento. O autor critica a divisão, pois ressalta que todo uso da linguagem tem uma dimensão persuasiva, e que estas distinções supõem que estes objetivos são independentes. Contrapondo-se à Psicologia das Faculdades, o pensamento behaviorista diz que o objetivo da comunicação está na meta do criador ou receptor, e não na mensagem em si.
Reanalisando os objetivos da comunicação, chega-se ao objetivo básico: comunicamos-nos para sermos agentes influentes. Em suma, nos comunicamos para influenciar com intenção: outras pessoas, nosso ambiente e nós mesmos. Ao traçar este objetivo básico, deve-se localizar o “quem” e o “como” do mesmo, que são as dimensões do objetivo. O comunicador pretende influenciar as reações de uma determinada pessoa (ou grupo) que é o receptor, ele pode atingir pela mensagem tanto quem ele deseja como aquele que não deseja, ou seja, há uma distinção entre receptores-pretendidos e não