livro :A sociedade e política na Roma antiga - resumo : Roma a república
Comércio de escravos em Roma
“Os escravos vendidos nos mercados romanos era expostos, comumente nus, sobre estrados ou em gaiolas. Tinham os pés pintados de branco – signo de escravidão. Pergaminhos pendurados aos pescoços indicavam origem, preços e habilidades. Os cativos podiam ser negociados em grupo ou individualmente. Os vendedores eram obrigados a declarar – em alta e viva voz, no momento da venda – os vícios e as enfermidades das mercadorias. Entre tais “defeitos de fabricação”, encontravam-se a tendência à “vagabundagem”, à “fuga” e ao “suicídio”; a surdez; a miopia; a epilepsia, etc. A falta de informação ou a falsidade dela podiam levar à anulação do ato de compra ou à indenização do comprador, num prazo máximo de seis meses a um ano, respectivamente.”
MAESTRI FILHO. Mário José. O escravismo antigo. São Paulo : Atual. 1994. p. 53-54.
A leitura desse texto nos fornece algumas informações, ainda que parciais, sobre um dos aspectos que fizeram parte da sociedade romana no Período Republicano. O fenômeno da escravidão fez parte da realidade de muitas sociedades ao longo da história. Contudo, o que nos chama a atenção para essa ocorrência, no caso de Roma (período Republicano e Imperial), é o número de escravos existentes em relação ao total de sua população. O estudo desses períodos nos ajudará a entender melhor a questão do trabalho servil nessa sociedade, bem como perceber as transformações políticas, econômicas e sociais decorrentes desse fato.
A República (509-27 a.C.)
O segundo período da história política de Roma foi marcado por lutas pelo poder entre patrícios e plebeus. A aristocracia formada pelos patrícios lutava para se manter no poder, enquanto os plebeus se organizavam para conquistar alguns direitos sociais e o reconhecimento de sua cidadania dentro do novo regime.
Durante o período da realeza, os plebeus não participavam de qualquer decisão política, tampouco faziam parte do exército romano;