livro viii amizade
Engenharia Mecânica
LIVRO: VIII - AMIZADE
Glaydston Regino Junior
Contagem
2013
LIVRO VIII
I
p.1
(...) segue-se naturalmente uma discussão da amizade, visto que ela é uma virtude ou implica virtude, sendo, além disso, sumamente necessária à vida. Porque sem amigos ninguém escolheria viver, ainda que possuísse todos os outros bens. (...) os ricos e aqueles que exercem autoridade e poder são os que mais precisam de amigos; pois de que serve tanta prosperidade sem um ensejo de fazer bem (...) Por outro lado, na pobreza e nos demais infortúnios os homens pensam que os amigos são o seu único refúgio. p.1 (...) na companhia de amigos (...) os homens são mais capazes tanto de agir como de pensar. p1
p.2
(...) A amizade também parece manter unidos os Estados, e dir-se-ia que os legisladores têm mais amor à amizade do que à justiça, pois aquilo a que visam acima de tudo é à unanimidade, que tem pontos de semelhança com a amizade; e repelem o facciosismo como se fosse o seu maior inimigo. (...) considera-se que a mais genuína forma de justiça é uma espécie de amizade.
(...) Alguns a definem como uma espécie de afinidade e dizem que as pessoas semelhantes são amigas, (...) outros, pelo contrário, dizem que "dois do mesmo ofício nunca estão de acordo". E investigam esta questão buscando causas mais profundas e mais físicas, (...) p.2
p.3
(...) Empédocles, juntamente com outros, exprime a opinião contrária de que o semelhante busca o semelhante. (...)
2 Talvez possamos deslindar as espécies de amizade se começarmos por tomar conhecimento do objeto do amor. Os homens amam, então, o que é bom em si ou o que é bom para eles? Os dois entram por vezes em conflito. (...) p.3
p.4
(...) Para o amor dos objetos inanimados não usamos a palavra "amizade", pois não se trata de amor mútuo, (...) no tocante aos amigos, porém, diz-se que devemos desejar-lhes o bem no interesse deles próprios. (...) a