Livro Quadro Da Arquitetura No Brasil
MELLO, Márcia Metran, 2006. Goiânia: cidade de pedras e palavras. Goiânia:Editora UFG. 224 p. MONTEIRO, Ofélia. S. do Nascimento.
Antecedentes do movimento moderno: Urbanismo de Goiânia no século XIX e início do século XX alcançar o progresso a todo custo como forma de apagar qualquer lembrança de “atraso” que julgavam herança do período político anterior. Nesse sentido, as elites dirigentes preocupavam-se em realizar medidas que permitissem aproximar “áreas civilizadas” dos “sertões incultos” e as ferrovias “representaram um dos instrumentos mais poderosos de penetração no interior do país”, bem como “foram as primeiras a concretizar as promessas da nova era: ‘velocidade e progresso” (ARRUDA,
2000: 106). Acerca disso, Arruda afirma que:
A ferrovia tornou a ideia de progresso e a sensação de velocidade inerentes ao novo mundo que se abria em objetos palpáveis. As distâncias diminuíam, as mercadorias e as pessoas chegavam mais rápidos e com mais segurança aos seus destinos. A ferrovia carregaria para sempre a idéia de progresso por onde ela passasse. Passou a ser o símbolo do desenvolvimento capitalista do mundo contemporâneo, até pelo menos os anos 30, quando foi substituída por outro invento ainda mais “diabólico” e rápido, o automóvel [...] (ARRUDA, 2000: 107). Ao retomar o elenco de textos que tratam sobre as ferrovias no Brasil, pode-se mencionar um trabalho fundamental de análise do processo de formação das ferrovias no nordeste do país, Capitalismo e ferrovias no Brasil, publicado em 1996, de Douglas Apprato
Tenório. Nessa obra, o autor fornece um estudo que possibilita “compreender os propósitos e efeitos da política do transporte ferroviário brasileiro, seus acertos, erros e desatinos [...]”
(TENÓRIO, 1996: 8), através de uma análise das transformações materiais ocorridas no
Brasil, no século XIX, sua vinculação com o capitalismo mundial, sob a liderança da