Livro "Nakusha, a indesejável"
Nakusha é uma menina indiana de 13 anos, sua família segue as crenças hinduístas, que apenas os homens podem acender a pira funerária de seus pais pois assim eles liberam a alma do morto e ela tem acesso à vida eterna e por conta disto Nakusha é indesejável. Ela vive em condição de escrava, seu pai à obriga a trabalhar mais de dez horas por dia em afazeres domésticos e bordando pérolas nas colchas que vão ser vendidas. Além de ser tratada como criada da família, Nakusha tem seus direitos humanos totalmente violados, pois não tem alimento, educação, saúde, vestimentas, liberdade e condições decentes de moradia. Por ser mulher, ela sofre assim como grande massa da população feminina na Índia, sendo perseguidas e mal tratadas apenas por terem nascido mulheres. Logo em seguida, conhecemos Latifa, que mora no Afeganistão e se encontra recém acordada em um hospital, estando inserida no contexto da Guerra Civil, tendo que lutar para sobreviver num mundo onde ser mulher é um desafio. Sendo privada dos direitos mais importantes de qualquer ser humano: o direito a vida e a liberdade, Latifa, como muitas mulheres até mesmo na atualidade, sendo vista como objeto ou até mesmo por servir somente pra realizar trabalho domestico, luta por seus direitos, sua dignidade e para manter dogmas religiosos, o que consequentemente faz com que enfrente situações de extrema tristeza e dificuldade, ficando sozinha num mundo onde não é aceita. Latifa é um personagem que representa a realidade de muitas mulheres até mesmo na atualidade, que são desrespeitadas somente por sua religião.
Na Índia, tanto no passado quanto na atualidade, os direitos humanos são extremamente violados em vários aspectos, entre eles os mais importantes: a liberdade, a igualdade perante a lei, a proibição de escravatura e servidão e principalmente, a vida, que vem sido considerada cada vez mais uma banalidade nos dias de hoje. Fator que colabora muito para essa violação é as castas, que